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Stock Car: Santa Cruz do Sul tem disputas quentes nas vitórias de Ricardo Maurício e Rubens Barrichello
27/09/2022 17:21 em TURISMO

Com quinto e terceiro lugar, Gabriel Casagrande estende liderança para 18 pontos, agora com Barrichello de vice-líder e 22 pontos separando os quatro primeiros colocados da tabela

 

O autódromo de Santa Cruz do Sul (RS) recebeu bom público para testemunhar, neste domingo (25) as vitórias de Ricardo Maurício e Rubens Barrichello em corridas válidas pela nona etapa da temporada 2022 da Stock Car Pro Series. Com tempo nublado e 21ºC ambientes, o asfalto marcou 34ºC no momento da prova, e ambas as corridas foram bastante disputadas.

Ricardo Maurício largou da pole position e não deixou sequer seus adversários se aproximarem. Rubens Barrichello, que largou da terceira posição, logo tratou de ultrapassar Átila Abreu – que depois acabou abandonando a prova com problemas no carro. O argentino Andres Jakos, em sua segunda participação na Stock Car, conquistou seu primeiro pódio com o terceiro lugar.

Daniel Serra, então vice-líder do campeonato, terminou na quarta colocação, imediatamente à frente de Gabriel Casagrande. Bruno Baptista, Matías Rossi, Ricardo Zonta, Pedro Cardoso e Cacá Bueno fecharam os dez primeiros que inverteram suas posições para a segunda prova.

Cacá manteve a liderança por algumas voltas; em seguida, perdeu três posições até parar na área de escape com problemas. Ricardo Zonta passou a liderar a corrida até a abertura da janela obrigatória de pit stops, quando um acidente nos boxes causou a intervenção do carro de segurança.

O carro de Denis Navarro fez seu pit stop e na saída chocou-se contra o de Pedro Cardoso, que já estava no pit lane em direção à saída para a pista. No choque, os dois carros foram em direção ao de Bruno Baptista, que fazia sua troca de pneus: dois mecânicos da equipe RCM Motorsports foram atingidos e imediatamente socorridos de ambulância para um hospital da cidade, conscientes, para exames. Um deles tinha suspeita de fratura em uma das pernas, mas não corriam risco até a última atualização.

A intervenção do safety car foi longa – e a janela de pit stops, suspensa. A sete minutos do fim, quando a disputa foi retomada, restavam ainda os cinco primeiros carros para fazerem suas paradas: Thiago Camilo, Tony Kanaan, Felipe Massa, Marcos Gomes e Diego Nunes. Eles entraram a duas voltas do final – à exceção de Camilo, que acabou desclassificado pelo não cumprimento da parada obrigatória.

Logo após a liberação da disputa, Barrichello ultrapassou o argentino Matías Rossi e assim recebeu a bandeirada. Gabriel Casagrande terminou a prova na terceira posição, acumulando bons pontos e mantendo sua vantagem na liderança da tabela. Julio  Campos fechou com o quarto lugar, seguido de Daniel Serra, Andres Jakos, Ricardo Maurício, Galid Osman, Lucas Foresti e Sérgio Jimenez fechando os dez primeiros.

No campeonato, enquanto Casagrande foi para 257 pontos e manteve sua boa diferença na frente – vantagem caiu de 19 para 18 pontos -, o campeão de 2021 ganhou nova companhia: o segundo lugar e a vitória colocaram Barrichello como novo vice-líder, com 239 pontos. O campeão de 2014, no entanto, tem apenas um ponto de vantagem para Daniel Serra (238) e quatro para Matías Rossi (235). Bruno Baptista, com 190 pontos, Ricardo Zonta com 177, Gaetano di Mauro (175), Thiago Camlo (165), Ricardo Maurício (156) e Nelsinho Piquet (148) fecham os dez maiores pontuadores do ano até o momento.

A Stock Car se dirige agora para seu penúltimo encontro do ano: Goiânia (GO) receberá duas etapas – uma no sábado e outra no domingo – nos dias 22 e 23 de outubro.

Novo asfalto – Os pilotos são unânimes em elogiar o recapeamento da pista de Santa Cruz do Sul, e dão sugestões de melhora para a próxima temporada. Durante a classificação de sábado (24), a variação na aderência do asfalto pegou os competidores de surpresa. Neste domingo, a situação já era mais estável.

“O asfalto está soltando, não tem jeito, quando faz alguma coisa assim que é de última hora. Deu para ver no pit stop quando o carro subia no macaco a gente via amassar o asfalto, então ele com certeza teria uma soltura. De qualquer forma, a gente não pode deixar de agradecer todo o esforço que foi realizado aqui, mas até repensar. Esse asfalto precisa ser feito agora para a gente voltar a correr aqui no ano que vem. Se vem correr ainda os caminhões, com aquele peso todo, o asfalto solta. Não é para vir os caminhões? É para vir, sim, mas quando fizer realmente tem que deixar um tempinho de cura até realmente poder andar numa pista dessa. Acho que ficar pelo menos uns vinte dias sem nada”, analisou Rubens Barrichello.

Falem, pilotos!

“Foi brilhante! Um final de semana para deixar guardado na memória. Depois de um ano tão conturbado, tão difícil, a gente já chegou ao ‘muito bom’ nos treinos livres. Todo piloto fala que quando a gente desce o carro do caminhão e ele já é rápido, é fácil de você achar aquele ajuste fino, acertar realmente só para as condições da pista e condições climáticas. Todos os treinos foram muito bons, classificatório com pole position – primeira do ano – e na corrida o carro estava fantástico. A gente conseguiu imprimir um bom ritmo, depois do pit stop o Rubinho acabou colocando um pouco de combustível e a gente tinha uma vantagem de quatro segundos. Ele chegava um pouco, eu imprimia um ritmo um pouco mais forte, depois ele tirava o pé e eu também tirava um pouco... Então acabamos jogando um pouco com a estratégia de também economizar pneu para a segunda corrida. Foi um final de semana muito satisfatório”

(Ricardo Maurício, Eurofarma-RC, Chevrolet Cruze, #90)

Vencedor da Corrida 1

 

“Acho que mais do que sobe e desce, foi um fim de semana de sobes. Aconteceu uma situação ontem que foi uma fatalidade. Porque o Digo (Baptista) é um cara super do bem, que está lutando e vai conseguir chegar muito rapidamente à competitividade que ele merece. Sinto muito que o fim de semana dele não foi legal, mas o meu foi super para cima e só veio deixar ainda mais um fim de semana lindo com todo o trabalho que os mecânicos tiveram essa noite. Uma e meia da manhã eles acabaram de arrumar o carro, então as pessoas não sabem que o trabalho que eu fiz dando da pista foi ‘OK’, mas eles durante a noite e reconstruindo esse carro, deixando ele vitorioso foi ainda mais. Eu fico muito satisfeito, muito honrado e com muita gratidão”.

(Rubens Barrichello, Mobil Full Time Sports, Toyota Corolla, #111)

Vencedor da Corrida 2

 

Resultado da Corrida 1 (Top-10 extra-oficial)

1. #90 Ricardo Maurício (Eurofarma-RC/Chevrolet) – 23 voltas em 32min19s332

2. #111 Rubens Barrichello (Full Time Sports/Toyota) – a 3s182

3. #122 Andres Jakos (Full Time Sports/Toyota) – a 3s518

4. #29 Daniel Serra (Eurofarma-RC/Chevrolet) – a 7s184

5. #83 Gabriel Casagrande (A.Mattheis-Vogel/Chevrolet) – a 7s826

6. #144 Bruno Baptista (RCM Motorsport/Toyota) – a 8s163

7. #117 Matías Rossi (A.Mattheis-Vogel/Toyota) – a 9s617

8. #10 Ricardo Zonta (RCM Motorsport/Toyota) – a 9s974

9. #43 Pedro Cardoso (Crown II Racing/Chevrolet) – a 10s690

10. #0 Cacá Bueno (Crown Racing/Chevrolet) – a 11s070

Melhor Volta: 1min21s488 – Ricardo Maurício – média de 155,949 km/h

 

Resultado da Corrida 2 (Top-10 extra-oficial)

1. #111 Rubens Barrichello (Full Time Sports/Toyota) – 21 voltas em 32min48s425

2. #117 Matías Rossi (A.Mattheis-Vogel/Toyota) – a 1s490

3. #83 Gabriel Casagrande (A.Mattheis-Vogel/Chevrolet) – a 1s664

4. #4 Julio Campos (Lubrax Podium/Chevrolet) – a 2s064

5. #29 Daniel Serra (Eurofarma-RC/Chevrolet) – a 2s325

6. #122 Andres Jakos (Full Time Sports/Toyota) – a 3s178

7. #90 Ricardo Maurício (Eurofarma-RC/Chevrolet) – a 3s421

8. #28 Galid Osman (Shell V-Power/Chevrolet) – a 4s134

9. #12 Lucas Foresti (KTF Sports/Chevrolet) – a 8s832

10. #73 Sérgio Jimenez (Scuderia Chiarelli/Toyota) – a 9s873

Melhor Volta: 1min21s490 – Ricardo Zonta – média de 155,946 km/h

 

Classificação do Campeonato (Top-10 extra-oficial)

1. Gabriel Casagrande – 257 pontos

2. Rubens Barrichello – 239

3. Daniel Serra – 238

4. Matías Rossi – 235

5. Bruno Baptista – 190

6. Ricardo Zonta – 177

7. Gaetano di Mauro – 175

8. Thiago Camilo – 165

9. Ricardo Maurício – 156

10. Nelsinho Piquet – 148

 

 

Texto: Cleber Bernuci

Imagem: Luiz França

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